Traduzido livremente por Gabirela Miranda do site www.underthesunbellydancebazaar.com/under_the_sun_light
Um Blog com as minhas reflexões malucas! Essencialmente sobre Dança, Arte e assuntos relacionados...
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Outra Entrevista com Ariellah
Traduzido livremente por Gabirela Miranda do site www.underthesunbellydancebazaar.com/under_the_sun_light
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Rótulo - o código de barra das bailarinas?
O ser humano tem necessidade de classificar e ordenar as coisas por natureza. O cérebro processa melhor a informação quando esta já vem organizada e sistematizada. Sendo assim, é comum olharmos para alguém e atribuir uma característica específica para essa pessoa, adjetivos como: simpática/antipática, sincera/falsa, bonita/feia, etc. Contudo, repetidas vezes nos deparamos com rótulos que a sociedade inventou para generalizar o que é tão singular. Rótulos como “patricinhas”, “playboys”, “emos”, “manos”, “punks”, “funkeiras”, “góticos” e etc. E ainda aqueles ofensivos: “perdedor”, “mandona”, “bêbado”, “viciado”, etc. Mas até que ponto um modo de se vestir ou a ideologia de alguém define quem essa pessoa realmente é? Será possível em uma palavra sintetizar tudo o que esse ser humano pode nos mostrar e oferecer?
Cada pessoa é atravessada por milhões de opiniões, pensamentos, questões, vivências e experiências tão diversas que se torna impossível encaixá-lo em um padrão.
Dentro dos rótulos, esquecemos o que é real e o que é ilusório, ou seja, não sabemos mais o que o rótulo realmente representa nem o que representava inicialmente porque criamos características para ele de acordo com os nossos próprios conceitos e preconceitos. Preferimos rotular para saber o que esperar de determinada pessoas ou situação em que nos encontramos, mas essa falsa sensação de seguranças poderá e com certeza um dia irá, nos puxar o tapete. As pessoas não podem ser sistematizadas, medidas. É simples: você não é o que você veste, o que você come, o que você vê, o que você fala. Não, você também não é só o que você sente, nem o que você pensa. Você é um conjunto de tudo isso e mais um pouco, portanto rotulá-lo é tentar medir o imensurável. É limitar o ilimitado.
Há um tempo venho pensado sobre esse assunto meio controverso dentro da Fusão em Dança do Ventre... Recentemente temos visto surgir diversos "estilos" de Fusão e Tribal... Independente do estilo de cada um, o que não estou pondo em discussão aqui, gostaria de tentar entender por que as pessoas tem necessidade de se rotularem tanto. Aquela pessoa é aquilo, essa aqui é tal coisa... Aquela dança Tribal Cabaret Super Master Fusion, essa dança Tribal Dark Mega Gothic Fusion...
Eu acredito que a Dança, sendo uma forma de Arte, deve ser respeitada em sua essência... Sem precisar ser o tempo toda explicada, medida, qualificada, quantificada.
Eu sinceramente não sei que Estilo de fusão ou até de Tribal eu faço, até porque sou meio Raul Seixas sabe, metamorfose ambulante, e sinceramente, não me preocupo muito com isso... E eu estava discutindo isso com uma amiga, estávamos conversando sobre a volta das dancers famosas (Rachel Brice, Zoe Jakes e, pasmem, até a Asharah super Dark) ao Estilo Cabaret Tradicional, a Dança do Ventre mesmo. Eu então comentei que aí deixava de ser Tribal, que seria Dança do Ventre mesmo com as roupas diferentes, porque então dizer que faz Tribal? E essa amiga minha falou "Mas elas não dizem que dançam Tribal. Elas são dançarinas e ponto." Ou seja, elas não se rotulam.
Então porque dependemos tanto de classificações e medidas para nossa dança? Você é a mesma pessoa que era quando começou a dançar? Se o seu estilo se modificou, evoluiu, porque você deve se manter presa a um rótulo ou classificação inicial?
Eu acredito que, nós, bailarinas, não devemos defender um Estilo específico ou técnica o tempo todo, e sim, devemos nos importar em defender a dança como um todo. Praticar e ter aulas de qualquer estilo que possa nos acrescentar algo e ter em mente que a dança deve expressar o que sentimos e não refletir as nossas vaidades e pretensões. Devemos dançar para expressar, comunicar. Nos concentrar e conectar com as emoções mais profundas e verdadeiras que possamos sentir, para que o público reconheça a Arte no que estamos fazendo, e não apenas um corpo dançando.
Afinal, rotular é limitar.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Tradução de Entrevista com Ariellah
Essa entrevista é de 2008, sendo que de lá para cá Ariellah acrescentou muitas coisas ao seu estilo único de dançar... Contudo, ainda explica muito de suas influências e de sua origem. Achei legal compartilhar. Tradução livre feita por mim :P Por favor, se forem reproduzir me avisem, ok? "Ariellah é uma pioneira na Dança do Ventre Gótica. Ela aparece na Capa do Beginner's Guide To Bellydance, e também na capa do CD de Fusão que vem separado. Aqui vai uma breve sessão de perguntas e respostas que fizemos muito recentemente: 1)Como você começou na Dança do Ventre? Ariellah: Eu venho de uma família marroquina e venho dançando dança do ventre e dança em geral por toda a minha vida. Faz parte de todo o meu ser, contudo, eu nunca soube como dançar dança do ventre tecnicamente e quando estava perto dos meus 20 anos eu disse a mim mesma que em algum momento eu iria fazer aulas de dança do ventre. Eu finalmente fiz e a partir daquela primeira aula foi amor à primeira vista, embora meu corpo não soubesse disso. 2)Qual estilo de Dança do Ventre mais atrai você? Ariellah: Fusão. Eu amo a liberdade criativa e expressão que ela proporciona, e a fusão e acréscimo de diferentes danças étnicas. Ainda assim me mantenho fiel aos movimentos clássicos orientais. 3)Quem foram suas professoras e quem foi sua maior influência? Ariellah: Minhas professoras foram: Janine Ryle, Rachel Brice, Rashid e Mardi Love. Embora Rachel Brice e Mardi Love tenham sido minhas maiores influências. 4)Quanto tempo levou para você desenvolver seu próprio estilo? Ariellah: Provavelmente cerca de 3 ou mais anos e eu AINDA estou desenvolvendo meu estilo diariamente. 5) Como você descreveria seu estilo? Ariellah: Dark Fusion. 6)Quanto você pratica? Qual é sua rotina diária de dança do ventre? Ariellah: Eu pratico, quando estou em casa, 5 dias por semana, ainda mais se tiver muitos shows e eventos agendados. Eu pratico Yoga 6 dias por semana e treino de 2 a 3 horas por dia. 7)Para onde você acha que a Dança do Ventre vai nos próximos anos? Ariellah: Eu sinto, e espero que meus sentimentos sejam verdade, que a dança do ventre será vista como uma verdadeira habilidosa e muito respeitada forma de arte e será trazida para Teatros em todos os lugares, como o Ballet e as Orquestras. 8)Onde as pessoas podem te achar, ver você se apresentar e ir às suas aulas? Ariellah: As pessoas podem falar comigo online e na vida real, na maior parte do tempo, na área da baía (de San Francisco). Mas eu viajo um pouco e qualquer um pode descobrir onde estou e vir ao meu show ou workshop checando através do meu site: www.ariellah.com 9)Você tem figurinos e acessórios maravilhosos, de onde você os tira? Ariellah: Eu geralmente faço todos os meus cintos, painéis e saias e grande parte dos meus tops/sutiãs, e alguns dos meus figurinos vem da Christina da Black Lotus Clothing. Ela é incrível! 10)Qual sua música preferida para se apresentar? Ariellah: Dark City Theme Song, The Lantern e minha música sobre lobos... 11)Recentemente, eu ouvi que a Rachel Brice foi influenciada por você ao fazer seus famosos pops e locks. Isso é verdade? Qual é a verdadeira história? Ariellah: Eu estou animada por ter a oportunidade de responder essa questão para a comunidade da dança do ventre! Eu não inventei os pops e locks, eu acredito que as dançarinas do ventre têm feito isso há séculos. Contudo eu acredito que em 2002, quando dançava no restaurante Amira com The Indigo, quando apresentei meu primeiro solo com o The Indigo, eu havia deixado o palco e Rachel Brice gritou “O QUE FORAM AQUELAS PARADAS E TIQUES QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO LÁ EM CIMA? AQUILO FOI TÃÃÃÃO LEGAL! UAU!” e eu respondi, “Eu não sei, eu só faço isso quando danço em casa e em casas noturnas góticas e eu pensei que seria legal e criativo e experimentei adicioná-los ao meu solo.” E conseqüentemente, dali por diante, Eu fiz esses pequenos tiques e paradas ao dançar e eu acredito que Rachel também irá dizer a você que ela mesma incorporou esses movimentos aos seus próprios solos também. Parece que se tornou algo bastante popular entre a comunidade de dança do ventre desde então..." Uma coisa legal que vale a pena acrescentar é que a Ariellah agora está tendo aulas semanais com a Suhaila Salimpour... E que ela contou essa história da Rachel Brice no workshop da Argentina também!! Muito legal ver como uma bailarina cria e desenvolve seu próprio estilo... Vídeos da Ariellah na Argentina: |